Entre os biomas brasileiros, a Mata Atlântica é o mais ameaçado. Para entender o que aconteceu e o que podemos fazer para mudar essa situação, vamos voltar no tempo, mais precisamente ao início do século XVI.

Quando os primeiros colonizadores portugueses desembarcaram naquele território novo, que mais tarde receberia o nome de Brasil, ficaram maravilhados com a sua natureza exuberante. A floresta que se estendia por todo o litoral, do atual Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, era de tirar o fôlego! A Mata Atlântica - chamada assim por margear o Oceano Atlântico - cobria mais de um milhão de quilômetros quadrados, ou seja, mais ou menos o equivalente à sétima parte do território nacional.

Pau-brasil, ipê, pinheiro, cedro e palmito-juçara eram algumas das árvores comuns na região. Bromélias e orquídeas não faltavam. Em meio a elas, passeavam micos-leões, muriquis, jacarés-de-papo-amarelo, onças, tamanduás-mirins, papagaios, araras, gaviões, harpias, tucanos, abelhas...

Mas o tempo foi passando, o País crescendo e as florestas sendo desmatadas para dar lugar a plantações de cana-de-açúcar, de algodão e de café, entre outras. As árvores também eram derrubadas para dar espaço à criação de animais. E a situação piorou quando grandes cidades - como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife - estabeleceram-se no lugar das florestas e fizeram da Mata Atlântica o bioma mais degradado do Brasil.

Hoje resta pouco mais da vigésima parte da imensa área antes ocupada pela Mata Atlântica. Os principais resquícios estão nas regiões Sul e Sudeste, especialmente na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira - locais de difícil acesso, onde o relevo acabou impedindo a ocupação humana. 

Mesmo depois de tanta destruição, as áreas remanescentes ainda abrigam mais de 20 mil espécies de plantas, além de centenas de espécies de mamíferos, de aves, de répteis, de anfíbios, de peixes e de insetos. Boa parte desses seres vivos é endêmica da Mata Atlântica, isto é, está presente apenas nesse bioma. Como a Mata Atlântica ocupa uma área muito grande, seu clima e relevo são também muito diversificados. Há, nesse bioma, regiões úmidas o ano todo, e locais com estações secas e chuvosas. Há regiões de baixa altitude, no nível do mar, como é o caso das praias; e também de alta altitude, como a Serra da Mantiqueira, com o Pico das Agulhas Negras a 2.787 metros, e a Serra do Caparaó, com o Pico da Bandeira a 2.892 metros. 

Há ainda florestas de araucárias e manguezais, restingas, brejos, ilhas oceânicas... Por isso, a Mata Atlântica abriga uma grande diversidade de ecossistemas.

A preservação do bioma Mata Atlântica é um dever das instituições governamentais e também de cada um dos brasileiros. Não desmatar, não jogar lixo fora dos locais apropriados, não retirar animais e plantas de seu habitat e não desperdiçar água são algumas das medidas que todos nós podemos tomar para fazer a nossa parte! 

15.700 espécies de plantas;

298 espécies de mamíferos;

992 espécies de aves;

370 espécies de anfíbios;

200 espécies de répteis;

350 espécies de peixes;

380 espécies da fauna ameaçadas;

1.544 espécies da flora ameaçadas;

72% da população brasileira vive em áreas de Mata Atlântica (145 milhões de habitantes).

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